segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Um pouco do Cenario de Ravenloft

Aqui fica um pouco da História do cenário de Ravenloft pra D&D como a versão pra 4ed não foi lançada e aparentemente não o será, eu adaptei as versões de Ad&D e do D&D 3.0/3.5 para a 4ed.
O semiplano do Pavor
Ravenloft não é um mundo no sentido tradicional. Na verdade ele é um semiplano — uma parte do Penhor das Sombras, mais um dos muitos mistérios que envolvem esse lugar sinistro e macabro.
A natureza do semiplano
O que exatamente um semiplano é e como ele surge é um assunto controverso e muito debatido, mesmo entre aqueles que viajam rotineiramente entre os planos de existência. Em termos mais simples, entretanto, ele é um universo auto-contido em um bolsão dimensional suspenso no Penhor das Sombras. O Semiplano por sua vez, é dividido em domínios independen­tes, cada um deles regido pelo por seu respectivo lorde.
Como todos os semiplanos, Ravenloft possui suas pró­prias leis naturais e físicas. Evidentemente, elas estão sujeitas a alterações de acordo com os caprichos dos poderes som­brios que parecem controlar o Semiplano. Na maioria dos casos, entretanto, essas leis são consistentes e confiáveis.

Entradas...
Talvez o aspecto mais importante do Semiplano do Pavor seja o fato dele ser um universo fechado. Mais ou menos como a dionéia ou alguma outra planta carnívora, ele per­mite que os desatentos entrem enquanto torna a saída quase impossível.
Magias
Os caminhos que levam à Terra das Brumas são muitos e variados. Itens mágicos e magias relativamente comuns como a magia divina Mudança de Planos ou um Amuleto dos Planos de Existência, permitem que uma pessoa entre no Semiplano do Pavor. Evidentemente, o motivo exato pelo qual essa pessoa iria viajar propositalmente para esse lugar assombrado está além da compreensão.(Porem sair já é bem mais complicado...)

Portais
Diz-se que alguns portais, temporários e permanentes, levam à Terra das Brumas. Ocasionalmente, quando as estrelas estão alinhadas ou certos eventos ocorrem, passa­gens temporárias se abrem no Reino do Terror. Outros luga­res — antigos santuários dedicados a deuses malignos esquecidos e coisas do gênero — têm fama de possuir por­tais ocultos capazes de transportar instantaneamente os incautos para Ravenloft. Verdadeiras ou não, essas especula­ções parecem plausíveis e merecem cautela por parte dos aventureiros.

As Brumas
A maioria dos viajantes que acaba indo parar em Ravenloft não estava procurando ativamente o Semiplano. Eles são trazidos pelos insidiosos filamentos das Brumas. O que as Brumas são exatamente e como elas funcionam nin­guém sabe. E é por causa disso que o povo de Ravenloft se refere às Brumas da mesma forma que as crianças falam sobre um bicho-papão. Em Ravenloft, qualquer coisa desco­nhecida e ameaçadora é geralmente atribuída às Brumas, exista ou não uma relação verdadeira.
Quando a maioria das pessoas pensa nas Brumas, ela imagina nuvens envolventes de vapores brancos que rolam pelo chão e consomem os malfeitores. Esta crença tem um
certo mérito, pois as Brumas de Ravenloft parecem ser os agentes dos poderes sombrios.
Por outro lado, as Brumas muitas vezes viajam para vários lugares sem nenhuma causa aparente, e até mesmo seqüestram indivíduos sem nenhuma razão óbvia. Quando isso acontece, as Brumas têm propensão a afetar tanto aqueles que são bons ou neutros como aqueles de índole má. Uns acham que esses são eventos aleatórios — imprevi­síveis e impossíveis de serem impedidos. Outros dizem que existe um propósito sinistro escondido por trás destes seqüestros aparentementes sem sentido. A verdade, com certeza, continuará desconhecida até que a verdadeira natu­reza dos poderes sombrios seja revelada.
Por alguma razão, as Brumas nunca vão até os Planos do Caos Elemental e Mar Astral. Por que isso acontece, ninguém sabe dizer exatamente. Alguns insistem em dizer que os poderes desses planos são tão impressionantes que eles conseguem manter as Brumas afastadas, mas isso parece muito impro­vável. Se uma magia de Portal consegue penetrar nas fron­teiras desses reinos fantásticos, parece impossível que as Brumas não consigam fazê-lo se assim o quisessem.

... e Saidas
Apesar de existirem várias maneiras de se chegar ao Semiplano do Pavor, são muito poucas as rotas para fora desse atoleiro maligno. De fato, muita gente pensa que esca­par de verdade de Ravenloft é impossível. Eles dizem que aqueles que conseguiram sair do Semiplano serão trazidos de volta um dia, pois as Brumas nunca esquecem seus esco­lhidos. Entretanto, se uma fuga de Ravenloft é temporária ou permanente pouco importa nesse momento.
magias
É virtualmente impossível escapar dos Reinos do Terror por meio de magias ou itens mágicos. A magia divina Mudança de Plano, por exemplo, é incapaz de atravessar as fronteiras do Semiplano. Até mesmo magias tão poderosas quanto desejo são desperdiçadas quando utilizadas em uma tentativa de escapar de Ravenloft. Itens mágicos, como o Amuleto dos Planos de Existência, são igualmente subjuga­dos pelo estranho poder da terra. Existem rumores de que um aparato místico conhecido como Orbe da Travessia, é capaz de atravessar o véu imposto pelas Brumas, mas tanto a existência desse objeto quanto suas reais habilidades ainda não foram provadas.

Portais
Apesar de não haver portais permanentes para fora de Ravenloft, existem portões temporários para o Plano Mortal. Via de regra, entretanto, esses portais têm de ser ativados por algum evento natural ou sobrenatural. Entre os exemplos destes eventos incluem-se fenômenos astronômi­cos (como eclipses e conjunções), a conclusão de certos rituais arcanos e o cumprimento de profecias macabras.
Quando e se um portal para o Plano Mortal pode ser encontrado, raramente será possível controlá-lo ou dirigi-lo. De fato, é tão arriscado usar esses portais fugidios quanto ignorá-los. Quando se entra em um desses portais, nunca se sabe onde se sairá. Evidentemente, mais que um aventureiro já percebeu que praticamente qualquer lugar é melhor que o Semiplano do Pavor.

As Brumas
Da mesma forma que podem trazer pessoas para Ravenloft, as Brumas são capazes de transportá-las para fora. Embora este não seja um evento comum, sabe-se que isso acontece de tempos em tempos. Este é, de longe, o menos comum e menos confiável meio de escapar de Semi- plano do Pavor. Um herói que decide simplesmente sentar e esperar que as Brumas o devolvam para seu mundo, prova­velmente ficará velho e grisalho antes de voltar para casa. Se isso chegar a acontecer um dia.
0s Lordes
Não é incomum que um dos diabólicos lordes do Semi- plano prometerem para estranhos que os transportarão para suas terras natais em troca de algum serviço. Na verdade, esta proeza está além da capacidade até mesmo do mais poderoso lorde de Ravenloft.

Doutrinas das Trevas
Para o homem comum, a vida em Ravenloft não é dife­rente daquela que se leva em Oerth, Toril ou nos desertos queimados pelo sol de Athas. Pessoas nascem, envelhecem e morrem. Aprendem uma profissão, se especializam nela e usam-na para ganhar a vida. O dia amanhece, assim como vem o entardecer e o anoitecer. Histórias sobre coisas ruins e criaturas maléficas existem em abundância, mas em geral não passam de contos de fadas e superstições. É raro o homem comum dar-se conta dos horrores que o cercam no Semiplano do Pavor.
Os aventureiros, no entanto, têm uma visão um pouco mais sofisticada do mundo. Da mesma forma que a maioria dos estudiosos e dos sábios, eles estão familiarizados com os caminhos da magia e da natureza, especialmente aqueles que vieram de outros mundos para o Semiplano, e sabem que nada é como deveria ser nas espirais das Brumas.
Os pontos a seguir são regras absolutas que qualquer Mestre pode usar quando estiver criando uma aventura ou conduzindo uma campanha em Ravenloft. Se uma aventura se adapta a essas doutrinas, ela já está no caminho certo para se ajustar ao estilo gótico do Semiplano do Pavor.

Adivinhação
Adivinhação mágica ou psiônica não é confiável em Ravenloft. As influências deturpadoras desta terra fazem
com que seja difícil discernir coisas que magos em outras terras consideram óbvias.

Bem e Mal: O exemplo mais frequentemente encontrado destas mudanças envolve a percepção das tendências. Nor­malmente, magias como Detectar Maldade e Revelar Tendência são capazes de separar os puros de coração daqueles que seguem o caminho das trevas. Para psiocistas, o mesmo pode ser dito da habilidade de ler a aura.
Em Ravenloft, porém, esses conceitos não são tão evi­dentes. O uso de qualquer uma dessas magias pode revelar apenas se uma criatura é leal ou caótica, mas não se ela é boa ou maligna.
Os Mestres devem estar cientes de que os jogadores têm uma inclinação para ver que o que é caótico como maligno e julgar aqueles que são leais como bons. Este, evidente­mente, não é o caso. Algumas das criaturas mais demonía­cas de Ravenloft têm uma tendência leal e má (vil).
Mortos-Vivos: Na maioria dos mundos, a presença abo­minável e corruptora dos mortos-vivos é fácil de ser perce­bida. Além de magias como Detectar Mortos- Vivos, qualquer item mágico ou poder psiônico que permite a alguém vislumbrar um lampejo dos pensamentos dessas criaturas, normalmente revela que nada é como deveria ser. Em Ravenloft, entretanto, esse assunto não é resolvido com tanta facilidade.
As tentativas de se detectar mortos-vivos nem sempre são bem sucedidas; se a criatura passa em um teste de Resistência contra a magia, a magia não consegue detectar nada de anormal. Além disso, essas magias são frequente­mente bloqueadas por barreiras físicas que não impediriam seu funcionamento em outros mundos.
Magias projetadas para penetrar na mente de mortos- vivos com vontade própria revelam apenas o que a criatura deseja que o mago saiba. Deste modo, um vampiro que está espreitando o grupo de aventureiros poderia fazê-los acredi­tar que ele realmente pretende ajudá-los, ao invés de estar planejando se deliciar com o sangue.
Profecias e Presságios: Magias com o objetivo de predi­zer o futuro ou revelar o resultado de ações presentes não são muito confiáveis em Ravenloft. Todas essas magias indi­cam apenas o curso provável dos eventos e, em muitos casos, podem ser afetadas ou controladas pelos caprichos do lorde do domínio.
Esta restrição não afeta os augúrios dos Vistani. Esses ciganos das Brumas possuem magias muito mais confiáveis a sua disposição que os heróis. Evidentemente, assumindo que os ciganos estão sendo honestos com os aventureiros. Em mais de uma ocasião, um Vistani ofendido ofereceu informações falsas ou enganosas, que levaram a uma trilha de sofrimento da qual não há volta.

Necromancia
Da mesma forma que a Advinhaçáo é alterada pela Terra das Brumas, os poderes negros da necromancia também são corrompidos. Enquanto o primeiro tem a sua eficácia reduzida, o segundo se torna mais poderoso. Como um pas­sar de olhos nas descrições de magias alteradas nos Capítu­los Oito e Nove pode indicar, o poder dos mortos e mortos-vivos em Ravenloft é maior.
No entanto, esse poder tem um preço. O uso da necro­mancia é muito perigoso no Semiplano do Pavor. Não só o simples fato de lançar uma dessas magias — qualquer uma delas — obriga o mago a fazer um Teste de Poder, mas tam­bém a chance de falhar nesse teste é maior.

Transporte mágico
As magias que permitem às pessoas viajarem pelo espaço ou através de dimensões têm sua efetividade redu­zida em Ravenloft. Nenhuma magia, nem mesmo Desejo, é capaz de transportar alguém através das fronteiras fechadas de um domínio ou para fora do Semiplano. A única exceção é o espantoso Orbe da Travessia, o artefato místico cons­truído pela bruxa da noite Styrix.
0 Poder dos Lordes do Domínio
Em linhas simples: o lorde de qualquer domínio é tão poderoso que uma confrontação direta resultará quase que certamente em morte... ou coisa pior. Toda vez que um per­sonagem tenta usar uma magia, poder psiõnico ou uma habilidade semelhante para anular uma das habilidades especiais do lorde do domínio, o lorde triunfará. Exemplo: se o lorde do domínio invoca uma tempestade, nenhum poder dos personagens, não importa o quão intenso, conseguirá afastar o vendaval ou diminuir sua potência de alguma forma.
O único meio de derrotar um lorde de domínio, mesmo um dos menores, é descobrir suas fraquezas e usá-las con­tra ele. Estas criaturas são quase onipotentes, mas não são onicientes.

Teste de Poder e Corrupção
De tempos em tempos, um outrora valente herói pode ser seduzido e consumido pelas trevas que permeiam Ravenloft.
É importante salientar, entretanto, que os Poderes Som­brios nunca tentam levar ninguém pelo caminho do mal. Apenas aqueles que trilham esse sinistro caminho voluntaria­mente, são reconhecidos pela terra. Aqueles que fazem o que é correto e nobre nunca precisarão temer o abraço dos pode­res sombrios. Evidentemente, esta garantia não se aplica aos casos de corrupção por outras criaturas. Até mesmo o mais piedoso dos monges pode cair vítima dos caprichos de um vampiro e se tornar uma criatura da noite.

Os Poderes Sombrios
Nào se deve esquecer que Ravenloft não é um reino natural; é um construto. Da mesma forma que um golem de carne não passa de um simulacro do homem, a partir do qual é montado. Ravenloft é uma cópia imperfeita dos mundos que existem nos outros Planos.
No caso do golem, a mente pervertida do seu criador define seu reflexo imperfeito. Somente sua determinação sinistra e devoção maníaca é que dá forma e vida à criatura. A mesma coisa vale, de uma certa forma, para o Semiplano do Pavor. Toda Ravenloft é um reflexo macabro dos misterio­sos poderes sombrios que mantêm esses Reinos do Terror.

Senso Comum
Tudo que se relaciona com o infortúnio ou com o mal é atribuído às influências das Brumas. Se alguém morre de uma forma misteriosa, é por causa das Brumas. Se um tra­balhador corta acidentalmente seu dedo fora, é porque as brumas não gostam dele. Todas as coisas.sinistras e assus­tadoras são manifestações desses vapores nefandos.
Devido a essa crença, pode ser difícil para um grupo de aventureiros conseguir qualquer informação útil a respeito da natureza do Semiplano de algum cidadão comum. Além de serem extraordinariamente xenófobos, os nativos de Ravenloft têm geralmente pouca curiosidade pela (ou conhecimento da) verdadeira natureza de seu mundo.

Os cidadãos comuns de Ravenloft não estão realmente interessados na existência dos poderes sombrios. Para essa gente, os poderes sombrios são sinônimos do espectro uni­versal que eles chamam de "As Brumas".
Aqueles que estudaram os poderes sombrios e seus fei­tos chegaram a algumas conclusões a seu respeito. Apesar de ainda não terem sido comprovadas, essas conclusões são aceitas como dogmas nas discussões e debates sobre os mestres do Semiplano.
Sedução: Os poderes sombrios não desviam as pessoas de seu caminho. Embora muitas histórias falem das Bru­mas ou dos poderes sombrios oferecendo grandes recom­pensas para pessoas inocentes em troca de serviços malignos, elas parecem ser completamente fictícias.
Para que uma pessoa chame a atenção dos poderes sombrios, ela precisa primeiro fazer alguma coisa maligna. Em termos de jogo, isso quer dizer que essa pessoa deve ter feito pelo menos um teste de poder.

Pactos: Assim como há muitas histórias de pessoas que foram desviadas de seu caminho pelos poderes som­brios, existem também relatos sobre pessoas que fizeram acordos com essas criaturas misteriosas. A maioria des­sas histórias envolve um herói (ou vilão) abrindo mão de sua pureza em troca de algum poder ou desejo terrível.
Por mais intrigantes que essas histórias possam ser, elas não passam disso histórias. Não existem evidências que apoiem essas alegações, levando aqueles que têm conheci­mento da tessitura do Semiplano a acreditar que os pode­res sombrios nunca fazem pactos com os mortais.
Existem ainda aqueles que salientarão que a vinda de Strahd von Zarovich para Ravenloft parece violar esse dogma. Entretanto, o próprio Grande Vampiro admite ter feito acordo com alguma entidade tremendamente maligna à qual ele se refere apenas como "Morte". Esta criatura não está necessariamente associada com os poderes sombrios.
Comunhão: Apesar dos inumeráveis relatos em contrá­rio, parece ser impossível para qualquer um conversar dire­tamente com os poderes sombrios. Não se sabe de certo se isso é uma realidade física — devida talvez ao fato de a mente humana não conseguir compreender esses estranhos seres — ou o simples resultado da relutância dessas forças em manter um diálogo com criaturas mortais.
Mais uma vez, o caso de Strahd von Zarovich parece contradizer esta doutrina. Afinal de contas, se o Lorde de Baróvia de fato fez um trato com os poderes sombrios, ele deve ter certamente falado com eles. Isso parece sustentar a crença de que o vampiro fez com que sua transformação não fosse inteiramente real. Evidentemente, a possibilidade de Strahd estar relatando suas experiências permanece como uma possibilidade perturbadora.

Definindo os Poderes Sombrios
Seria possível, então, aprender os segredos dos poderes sombrios através de um estudo cuidadoso do lugar macabro que eles criaram? Pode-se achar que sim, mas provar a vali­dade das conclusões produzidas por estes estudos pode ser difícil ou até mesmo impossível.
A natureza precisa dos poderes sombrios é discutida por sábios e estudiosos em todo o continente. Os sábios vém discutindo o assunto desde os primeiros dias de existência de Ravenloft. Ninguém parece saber a resposta para essa questão. Mais importante ainda, é impossível saber se uma determinada resposta está certa ou errada. Os habitantes mais instruídos do Semiplano obtiveram evidências confli­tantes, que confirmam qualquer número de respostas possí­veis. Considere os seguintes argumentos:
Os Poderes Sombrios são Malignos: Certamente, exis­tem evidências que confirmam essa crença. Afinal de con­tas, os poderes sombrios realizaram um grande esforço para criar uma vasta região a fim de concentrar o mal da maioria dos demais planos. Ele poderia ser alguma espécie de centro de recruta­mento no qual um incrível exército de malevolência será algum dia liberado? Essa conclusão é uma das mais assus­tadoras a que se pode chegar.
Os Poderes Sombrios são Benignos: (Um número igual de estudiosos propõem a suposição de que os poderes som­brios são, na verdade, criaturas do bem, não do mal. Afinal de contas, eles aprisionaram alguns dos piores seres doa demais planos. Na verdade, essas criaturas não estão apenas aprisionadas, elas serão eternamente atormentados. Uma força que pune malfeitores dessa forma pode não ser consi­derada "benigna"?
Os Poderes Sombrios são Poucos: Alguns estudiosos acreditam que seja incorreto usar o plural ao se referir aos mestres de Ravenloft. Sua asserção é que apenas uma entidade, seja ela benigna ou maligna, comanda todo o Semiplano.
Essa teoria é particularmente popular entre aqueles que acreditam que Ravenloft foi criado com algum objetivo espe­cial. Neste caso, fica mais fácil para eles acreditar que uma única entidade está trabalhando "por trás do pano", na coor­denação desses eventos.
Os Poderes Sombrios são Muitos: Igualmente — ou até mais — popular, entretanto, é a crença que os poderes som­brios são numerosos. De acordo com essa teoria, nenhuma entidade conseguiria realizar sozinha tudo o que os poderes sombrios fizeram.
Evidentemente, o número exato de poderes sombrios continua sendo assunto de discussão. Alguns dizem que são três, o número de um coven de bruxas, enquanto outros insistem que eles são uma legião. Até hoje, no entanto, ninguém forneceu nenhuma evidência que com­prove suas afirmações.
Os Poderes Sombrios são Imaginários: Na raiz de todos os debates sobre os poderes sombrios está a questão se eles existem ou não. Muitos dizem que eles não passam de uma manifestação do lado mais obscuro da imaginação.
Só para confirmar, nenhuma prova física de sua existên­cia jamais apareceu. Apesar de várias pessoas alegarem terem visto os poderes sombrios, nenhum desses relatos é passível de verificação ou até mesmo confiável.
Os Poderes Sombrios são Reais: Evidentemente, se os poderes sombrios não existem, fica difícil explicar a criação do Semiplano do Pavor. A maioria dos estudiosos de Ravenloft concorda que os poderes sombrios, sejam lá o que forem, existem.

Os Lordes dos Domínios
AIgumas pessoas confundem os poderes sombrios com os assim chamados Lordes Negros. Em ter­mos de semântica, isto é fácil de compreender. Aqueles que possuem uma compreensão básica da natureza de Ravenloft, entretanto, nunca cometem este erro. Os lordes dos domínios espalhados por Ravenloft são mais corretamente chamados de "lordes do domínio", apesar do termo "lorde negro" ser normalmente aceito.
Lordes dos domínios são seres extremamente poderosos e não devem ser encontrados muitas vezes. Os lordes dos domínios devem ser o assunto de histórias e rumores, não o alvo de caçadores de monstros. Embora nào se saiba se os lordes dos domínios são realmente imortais, eles provaram ser extremamente longevos. Muitos nem aparentam ter envelhecido desde sua chegada ao Semiplano.

Magnitudes do Mal
Da mesma maneira que os gêmeos mais parecidos entre si não são idênticos, os lordes de Ravenloft também são úni­cos. Devido às variações inerentes dessas criaturas, foram estabelecidas algumas categorias para defini-las. Ao rever estas informações, o leitor deve ter em mente que não existe nenhuma cadeia de comando ligando essas criaturas nefan­das. Não apenas pelo fato de nenhum lorde poder sair de seu domínio, mas também porque nenhuma dessas criaturas aceitaria uma posição servil.
Semilordes
Os semilordes são os senhores dos domínios Bolsões de Ravenloft.Embora sejam os menos impor­tantes dentre os senhores de Ravenloft, eles não são — em hipótese alguma — menos malignos que seus colegas mais poderosos.
Além de possuírem os menores domínios, os semilordes têm a menor quantidade de poderes. Entre os exemplos de semilordes incluem-se o Amante Fantasma; Davion, o Louco e Lemot Sediam Juste.

Lordes
Apesar do termo "lorde" ser utilizado com freqüência para descrever qualquer um dos regentes dos domínios de Ravenloft, ele só se aplica realmente aos governantes das várias Ilhas do Terror. Essas criaturas vis são mais poderosas que os semilordes e menos que os overlordes que regem os Aglomerados esparsos de Ravenloft.
Entre os exemplos de lorde das ilhas incluem-se o Cérebro-Deus lllithid de Bluetspur e Yagno Petrovna de Chenna.
Overlordes
De tempos em tempos, um grupo de ilhas se junta e forma um Aglomerado. Os lordes desses domínios, os quais são chamados de overlordes, estão entre as criaturas mais poderosas que alguém pode encontrar no Semiplano do Pavor.
Entre os exemplos de overlordes incluem-se o terrível Anhktepot, senhor de Har'Akir e Kas, o Destruidor, regente de Tovag. As aventuras envolvendo overlordes deveriam ser desafiadoras para aventureiros de alto nível e mortais para heróis de níveis mais baixos.

Lordes Negros
Os lordes mais poderosos de Ravenloft são aqueles que comandam os domínios do Núcleo, o maior grupo de domí­nios no Semiplano do Pavor. Conhecidos como lordes negros, esses seres poderosos são capazes de esmagar até mesmo aventureiros de níveis altos sem fazer muito esforço.
(Uma aventura envolvendo um lorde negro deveria ser fatal para qualquer grupo de aventureiros — até mesmo os mais poderosos — que não use o cérebro tão bem quanto os músculos. Entre os exemplos de lordes negros incluem-se Strahd von Zarovich. Harkon Lukas e Lorde Soth.

Além da Redenção
Mestres e jogadores devem sempre se lembrar que os lordes dos muitos domínios de Ravenloft são completamente malignos. Isso não quer dizer, ne entanto, que eles não sejam figuras trágicas, apenas que já passou há muito o tempo em que eles podiam ter sido salvos de seus destinos sombrios. O Semiplano do Pavor não aceita nenhuma criatura que tenha qualquer esperança de redenção. Se ainda existir nem que seja uma pequena fagulha de verdade ou bondade em uma pessoa, ela não terá seu próprio domínio.

Personagens dos Jogadores Transformados em Lordes
Tendo em vista a informação do parágrafo anterior, deve ser óbvio que nenhum personagem de jogador poderia se tornar um lorde de domínio. Muito antes de um aventureiro descer nas profundezas da maldade da qual os lordes nas­cem, ele terá perdido o controle de seu personagem e o verá ser transformado em um personagem do Mestre.
Lembre-se, Ravenloft é um jogo sobre heróis enfren­tando forças malévolas. Os que se submetem, aliam ou voluntariamente abraçam o mal não são heróis.

Prisioneiros das Brumas
Também não se deve esquecer que os lordes dos muitos domínios de Ravenloft não estão lá por sua livre e espontâ­nea vontade. Com certeza, eles escolheram realizar os atos malignos que os levaram a seus estados atuais, mas eles nunca barganharam com os poderes sombrios. Os lordes dos domínios são tão prisioneiros do Semiplano como qual­quer aventureiro.
Apesar de alguns deles aceitarem seu destino, outros fariam qualquer coisa para escapar dos grilhões de brumas que os mantém presos no Semiplano do Pavor.

Imagens Especuladas
Os lordes dos domínios estão intimamente ligados à tes­situra de Ravenloft. O lorde de cada terra é o próprio coração da província. O terreno, os nativos, os monstros, os efeitos da magia e até mesmo os inimigos são todos reflexos do ser que os comanda.
Quando um novo lorde entra de posse de seu domínio, ele normalmente parecer-lhe-á familiar. Ou seja, será como um espelho da região que ele chama de lar. O domínio recém criado é, às vezes, uma caricatura de sua antiga moradia, mas que sempre se parecerá com ela.
Além de suas características naturais, o novo domínio será moldado pelo espírito de seu lorde e pela natureza de seus feitos malignos. Os edifícios podem ser inclinados ou deformados, lembrando seu lorde corcunda, ou os rios podem ser tingidos de vermelho por depósitos de argila, tor­nando-os semelhantes ao sangue, do qual o lorde vampiro se alimenta.

Justiça Poética
Apesar dos lordes dos domínios possuírem realmente muito poder, cada um deles vive sob o peso de uma terrível maldição. Eles podem ter sido "recompensados" por seus feitos malignos — os quais variam desde o assassinato da própria família até a destruição de nações inteiras — com seus domínios, mas isso não os consola. O destino de um lorde de domínio é, na verdade, muito pior do que o de seus vassalos ou dos aventureiros que exploram seu domínio. Os lordes dos domínios não são apenas prisioneiros em suas terras, mas a eles é negado o que eles mais desejam. A natu­reza exata da maldição varia, mes ela será sempre de tal maneira que o lorde do domínio voluntariamente daria tudo de bom grado para se livrar dela.
Strahd von Zarovich, por exemplo, deseja possuir Tatyana, a mulher que se atirou do parapeito de seu cas­telo há muitos séculos. Ele nunca poderá tê-la, mas é constantemente atormentado por sua imagem — ou por mulheres que se parecem com ela. O maior desejo de Strahd nunca será satisfeito, e esse desejo é sua maior fra­queza. A simples visão de uma mulher que lembre sua amada Tatyana é tão perturbadora que irá distraí-lo de assuntos mais importantes.
A chave para a compreensão das maldições que afetam os lordes dos domínios pode ser encontrada em suas histó­rias. Cada maldição é extraída do passado sombrio do lorde do domínio. Ela não reflete apenas os feitos que trouxeram os lordes a suas prisões, ela o tortura de uma maneira que nenhum outro castigo conseguiria. Os lordes dos domínios planejaram suas próprias maldições muito antes dos pode­res sombrios sequer notarem sua existência.

Crueldade e Manipulação
Os lordes dos domínios são criaturas egocêntricas inte­ressadas apenas em satisfazer seus próprios desejos cor­rompidos. Apenas para ilustrar, se um lorde em particular tem um assistente leal e confiável ou até mesmo uma noiva amada, eles serão postos imediatamente de lado se isso for vantajoso para o lorde.
Os aventureiros devem se lembrar deste fato quando lidarem com essas criaturas. Se um lorde de domínio fizer um trato com os heróis, ele só o estará fazendo porque vê alguma vantagem para si no negócio. Qualquer presente dado por esses demônios é uma espada de dois gumes que seria, no final das contas, mais uma maldição que uma bên­ção. Nenhum bem pode advir de pactos com essas criaturas malévolas.

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