segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Os Dominios - Richemulot

Richemulot
A Terra: Richemulot é uma região coberta de florestas. Aqui e ali, os viajantes encontrarão fazendas isoladas, caba­nas de lenhadores, monastérios e até mesmo a prisão de um arcano, mas a maior parte da esparsa população do domínio vive ao redor de suas três grandes cidades: Port-a-Museau, Ste. Ronges e Mortigny. Pelo menos um terço dos edifícios dessas comunidades está vazio ou em ruínas. Dezesseis mil pessoas vivem em Port-a-Museau, mas a cidade poderia abrigar confortavelmente até vinte mil. A maior parte da cidade está abandonada e infestada por todo tipo de peste. Cerca de seis mil e quinhentas pessoas vivem de forma simi­lar a, outrora grande, cidade de Ste. Ronges, onde existem casas vazias que poderiam abrigar outras doze mil. Mortigny abriga oito mil pessoas, mas se os edifícios servem como algum tipo de indicador, outras cinco mil pessoas já viveram aqui. Ninguém sabe para onde foram os antigos habitantes dessas cidades, mas eles já haviam desaparecido quando Richemulot foi percebida pela primeira vez a sudoeste de Falkóvnia. Nem mesmo os nativos dessas cidades sabem para onde os outros moradores foram. Até onde todos se lembram, as cidades de Richemulot sempre foram parcial­mente abandonadas. Existe rumores em abundância sobre itens misteriosos e esconderijos secretos abarrota­dos de ouro e jóias no meio dos edifícios condenados.
As cidades de Richemulot são conhecidas pelos seus sis­temas de esgoto bem construídos. Existem homens-rato vivendo nesses túneis labirínticos.
O Povo: No geral, o povo de Richemulot tem cabelos e olhos claros, sendo o azul a cor mais comum. Cabelos negros são encontrados nas famílias mais poderosas, em particular os Reniers — a família regente do domínio — e seus primos.
Cada família que vive nas cidades de Richemulot ocupa uma casa enorme ou uma série de edifícios — tantos quan­tos elas possam ocupar mais do que confortavelmente. A maioria dos prédios está em ruínas ou sem manutenção. O povo de Richemulot não é possessivo com relação a suas coisas — quase tudo o que possuem foi abandonado por alguém antes. Além disso, as pessoas desse domínio pare­cem ser prósperas e a fome e a pobreza que se vê nas terras vizinhas não são encontradas comumente em Richemulot.
Posses materiais não ditam o status em Richemulot. Ao invés disso, informação é poder nessa terra. Por esta razão, jóias e moda são menos importantes em Richemulot do que em outros lugares (apesar de existirem diferenças notáveis entre as camisas e calças folgadas que homens e mulheres usam normalmente e os extravagantes coletes de seda dos homens e os volumosos vestidos decotados que as mulheres usam nas ocasiões formais e nos bailes).
A população de Richemulot está crescendo lentamente. Muitas pessoas têm fugido de suas terras natais em Falkóv­nia, Invídia ou Dementlieu na esperança de uma vida melhor em Richemulot. Alguns conseguem, mas outros desapare­cem sem deixar vestígios. Muitos dos que desaparecem o fazem depois de tentar desafiar os Reniers ou uma das outras famílias poderosas em Richemulot.
Personagens Nativos: Todas as classes permitidas em Ravenloft são encontradas em Richemulot. Magos e clérigos são altamente respeitados, devido a sua habilidade em obter segredos místicos de objetos inanimados ou até mesmo do próprio ar. Todos os nativos de Richemulot recebem a perícia comum História Local como bônus. Mas, eles não têm muita informação sobre as cidades em que vivem e quem as cons­truiu, em vez disso, eles sabem qual família é aliada de quem e quais facções estão planejando algo e contra quem.
Personalidades Notáveis: A família Renier e seus paren­tes são o centro do poder e da vida social em Richemulot. Nenhuma mulher de Richemulot recebe tantos pretendentes quanto Jacqueline e sua irmã gêmea Louise. As duas se encontram no centro de uma extensa rede de informantes (apesar de apenas seus parentes saberem que as irmãs são mulheres-ratos e que sua cadeia de informação inclui todos os tipos de animais nocivos — como os ratos — assim como espiões humanos).
A maioria das pessoas de Richemulot sabe que existe uma intensa rivalidade entre as gêmeas Renier. Apesar dos muitos pretendentes que cada uma recebe, nenhuma ainda se casou, nem se tem notícia que elas tenham sido corteja­das por um homem durante mais que alguns meses. Mais cedo ou mais tarde, seus pretendentes desaparecem ou são encontrados mortos.
A Lei: Jacqueline Renier governa Richemulot há quase vinte e cinco anos. Ela herdou o comando quando seu avô Claude morreu em 726. Devotada a Richemulot e a manter sua família em uma posição de poder, Jacqueline vem ten­tando obrigar o cumprimento de algumas poucas leis, princi­palmente uma: cada cidadão deve possuir uma arma e jurar lealdade à nação de Richemulot, comprometendo-se a defendê-la caso ela venha a ser invadida por Falkóvnia ou algum outro inimigo. Mantendo-se fiel a essa pequena orien­tação, qualquer pessoa é bem vinda para fixar residência nas cidades ou nos campos vazios de Richemulot.
Homens-ratos fugitivos de outros domínios são particu­larmente bem vindos em Richemulot, embora tenham que jurar lealdade para Jacqueline pessoalmente. A maioria da população não sabe que sua nação está infestada de homens-ratos, e os que sabem desconhecem quem os lidera.
Encontros: Richemulot não é um lugar seguro para se perambular sozinho. Durante o dia, a chance de um grupo de personagens encontrar um bando de homens-ratos caçandc) é igual a 50%. Essa jogada deve ser feita uma vez por dia. A noite, jogue duas vezes (se um personagem está sozinho ou tem apenas um acompanhante, faça duas jogadas por dia e três durante a noite). Os encontros noturnos podem ser com homens-ratos ou com alguma criatura morta-viva.

Lorde Negro de Richemulot
Jacqueline Renier
Jacqueline é uma mulher-rato, deslumbrante mas sinis­tra em sua forma humana, com apenas um leve traço de roedor em sua aparência. Seus olhos são verdes com man­chas douradas e seu cabelo é negro e liso, as mechas cinzas que apareceram recentemente logo acima das têmporas ser­viram apenas para realçar sua beleza. Ela tem uma tendên­cia a se vestir com simplicidade mas mesmo assim sedutora, evitando extravagâncias. Ela é brilhante na arte da conversa, e conhece uma grande variedade de assuntos.
História: Jacqueline era uma criança quando sua família encontrou um portal para Ravenloft. (Jm time de cães e um grupo de espadachins mercenários estava perseguindo-os através dos esgotos debaixo da cidade. Os Reniers estavam encurralados. A sua frente, esperava a morte certa pelas espadas. Atrás havia um estranho portal envolto em Bru­mas. Eles escolheram as Brumas.
A família entrou em Ravenloft próximo à fronteira da Fal­kóvnia e rapidamente construíram seus lares nas passagens debaixo da cidade de Silbervas. Muitos anos depois, Drakov finalmente se cansou dos furtos e assassinatos dos homens- ratos. Ele mandou uma enorme força expedicionária para esquadrinhar os esgotos e exterminar todas as criaturas que eles encontrassem. Alguns dos homens-ratos, inclusive os Reniers, escaparam para o campo. Drakov havia previsto a possibilidade dessa fuga e seus cavaleiros já estavam prepa­rados. Quando os Reniers fugiram para as Brumas outra vez, o som de cascos dos cavalos seguiu-os de perto.
As Brumas revelaram novas terras para Jacqueline e sua família. Seu avô Claude tornou-se o lorde negro de Richemulot. A família gostou do domínio, pois ele havia aparecido completo com cidades e redes de esgotos. Jac­queline era uma jovem muito má, educada por seu maligno avô. No ano de 726 do Calendário Baroviano, ela o assassi­nou e assumiu o controle do domínio. Desde então, a popu­lação vem crescendo ainda mais, com a chegada de refugiados de outras terras.
Estado Atual: Jacqueline é dominadora, manipuladora e vil, deleitando-se com sua natureza animal. Os ratos são criaturas lascivas e Jacqueline também o é. Sua maldição em Ravenloft é reverter automaticamente para a forma de rata quando está na presença de alguém que ela ama. Nor­malmente isso não a teria afetado, pois os homens-ratos não criam laços de amor ou matrimônio. Entretanto, faz parte da maldição de Jacqueline se apaixonar. Ela está enamorada de um humano chamado Henri DuBois. Desde a última ten­tativa fracassada de torná-lo seu homem-rato escravo, seu paradeiro é desconhecido.
Devido a sua maldição, Jacqueline tem pavor de ficar sozinha. Sua monofobia é tão grande que toda vez que for encontrada sem seus aliados e asseclas, todas suas jogadas de ataque e todos seus testes de Resistência estarão subme­tidos a uma penalidade igual a -2.
Louise, a irmã gêmea idêntica de Jacqueline, não sofre essa maldição, mas a ciumenta regente normalmente provi­dencia rapidamente a morte dos amantes de Louise.
Fechando as Fronteiras: Quando Jacqueline quer selar seu domínio, uma horda de ratos gigantes surge de cada sombra e canto escuro, formando uma faixa com, no mínimo, 35 metros de largura. Esses monstros se pen­duram em árvores se não houver espaço no chão. As criaturas que voarem sobre essa faixa descobrirão que o ar não consegue mais sustentá-las. Elas submergirão gra­dualmente na multidão de dentes afiados se não voltarem imediatamente.

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