terça-feira, 22 de novembro de 2011

Os Dominios - O Mar das Mágoas

O Mar das Mágoas
A Terra: O Mar das Mágoas é um corpo d'água assom­brado por brumas a oeste do Núcleo. Essas águas sombrias são percorridas pelo Capitão Pieter van Riese no navio fan­tasma Impiedoso.
As águas do Mar das Mágoas são cruéis, tempestuosas e frias. Névoas densas cobrem constantemente a superfície e ventos aterradores soprando de noroeste podem se materia­lizar sem aviso. E raro o dia em que um vigia consegue ver mais que um quilômetro além do navio e ninguém pode dizer sinceramente que viu o sol ou as estrelas enquanto navegava por essas águas assombradas.
As névoas do Mar das Mágoas são muito densas e úmi­das. Quando uma embarcação entra em um banco de névoa, o tempo parece parar, üm silêncio enervante se ins­tala como se as Brumas, matassem qualquer som, dando calafrios nos viajantes. A visibilidade é reduzida para apenas alguns metros, forçando-as embarcações a vela a vagarem ao sabor dos ventos e das correntezas.
Os esforços feitos por marinheiros e exploradores no sen­tido de mapear o Mar das Mágoas são dificultados pelo fato da maioria do mar estar coberto por eternos bancos de névoas. Até hoje não houve dois capitães capazes de carto­grafar uma rota consistente para as terras que se acredita existirem nestes mares. (Jm capitão seguindo uma rota atra­vés das névoas pode chegar a ilha de Domínia, enquanto outro (ou até o mesmo) tentando utilizar a mesma rota, acaba chegando às costas rochosas de Bluetspur (Nota: isso acontece porque o Mar das Mágoas dá lugar à Fronteira das Brumas).
O Mar das Mágoas é um dos maiores domínios do Semi- plano. Ele é tão grande que outros seis lordes negros pos­suem domínios dentro dele.
Existem algumas ilhas esparsas escondidas nas brumas do Mar das Mágoas. Alguns desembarques foram registrados em todas essas ilhas, mas é extremamente incomum encon­trar a mesma ilha duas vezes, por mais que se procure. A maioria dos navegantes mantém a costa do Núcleo à vista quando estão navegando por esse mar.

O Povo: O próprio Mar das Mágoas não possui habitantes humanos nativos, mas marinheiros de Lamórdia, Necrópolis, Dementlieu e Mordent costumam se aventurar nessas águas perigosas. Pescadores, vendedores e comerciantes cruzam os mares entre os reinos em pequenos grupos. A Baía de Martira constrói as melhores embarcações do Núcleo, enquanto os outros portos principais ficam em Port-a- Lucine, Ludendorf e Mordentshire.
Entretanto, muitas das ilhas espalhadas pelo oceano são habitadas. Entre as mais proeminentes (com exceção de Markóvia, que será descrita mais tarde) incluem-se as seguintes:
Blaustein — Esta ilha pequena é regida pela mão de ferro de um homem louco. Conhecido como Barbazul, este simpático demônio de barbas grisalhas vive num castelo próximo à única vila da ilha, como um cão de guarda raivoso.
Os navios que aportaram em Blaustein foram caçados por aldeões armados de clavas ou foram levados à pre­sença de Barbazul. Os aldeões são fanaticamente leais a seu senhor, apesar da forca na saída da cidade ter sempre um cadáver recente balançando. Estranhamente, os cida­dãos não parecem lembrar que o executado era um de seus vizinhos.
Uma única visita a Blaustein costuma ser tudo que uma tripulação precisa antes de decidir nunca mais voltar.
O Lorde Negro: Barbazul

Demise— Uma das maiores ilhas do arquipélago lamordiano chamado de "O Dedo", Demise é o lar da criatura trágica conhecida como Althea. Essa medusa está presa em um labirinto enorme feito de pedras bran­cas, e foi levada à loucura pela solidão.
O Lorde Negro: Althea.

Domínia — O Asilo do Dr. Daclaud Heinfroth para pes­soas Mentalmente Perturbadas é a única habitação desta pequena ilha, que fica a oitenta quilômetros a oeste- sudoeste de Markóvia. Originário de Gundarak, o Dr. Heinfroth é reconhecido como um dos maiores especialis­tas em doenças mentais de Ravenloft.
O Lorde Negro: Dr. Daclaud Heinforth (também conhecido como Dr. Dominiani).

Ghasíria — A ilha de Ghastria abriga apenas a vila de Amarração Ocidental. Essa comunidade fica seis quilô­metros no interior da ilha, seguindo-se uma estrada bem conservada que parte de um porto natural. Cerca de seis­centas pessoas vivem na vila e são todos arrendatários do Marquês Stezen D'Polarno, que os mercadores afirmam reger a ilha com benevolência.
As colheitas em Ghastria são fartas e abundantes, mas os navios que trazem víveres e géneros alimentícios para a ilha encontram compradores ansiosos. Aqueles que já viveram algum tempo na ilha compreendem a razão: Embora tenham uma aparência normal e cheirem bem quando são preparados, os grãos e a carne de Ghas­tria não têm gosto. Só comida importada do continente mantém algum sabor.
O Lorde Negro: Stezen D'Polarno.

Ilha da Agonia — Esta segunda ilha do arquipélago lamordiano tem a fama de ser o lar de um monstro mari­nho devorador de homens ou do próprio demônio. Embora este seja o local onde existe um dos poucos por­tais dimensionados que permitem que heróis viajem para além das fronteiras do semiplano, ninguém com algum juízo vai voluntariamente para essa ilha
O Lorde Negro: Adão (pois essa ilha é na verdade parte do domínio de Lamórdia).

Personalidades Notáveis: Cada ilha habitada possui seu próprio elenco de personagens assustadores.
Encontros: As criaturas nativas do Mar das Mágoas são poucas. Focas, baleias e cardumes de peixes de água fria são caçadas por capitães audazes. Os marinheiros dos domínios costeiros têm um código de não agressão no mar; todos os navegadores são irmãos diante de um mar tão trai­çoeiro e instável quanto este.
O Mar das Mágoas tem diversos habitantes monstruosos. Entre eles bowlins, reavers e a prole.
No entanto, o encontro mais terrível é uma aparição do Impiedoso, o navio fantasma do Capitão Pieter van Riese. Dizem que todo navio que é azarado o suficiente para encon­trar o Impiedoso nunca volta ao porto .

Lorde Negro do Mar das Mágoas
Capitão Pieter van Riese
Pieter van Riese é uma aparição poderosa que navega o Mar das Mágoas em seu navio espectral, o Impiedoso. Ele e seu navio se parecem muito como eram em vida, mas agora são vultos translúcidos.
O capitão van Riese é uma figura alta, de ombros largos e queixo forte, coberto com uma barba grisalha bem apa­rada e olhos que ardem como carvões em brasa. Ele veste um casaco preto de oficial, de gola alta, e um velho boné feito com pele de foca.
O Impiedoso é um bergantim de velas quadradas que estão sempre astiadas a todo pano, independente das con­dições reais de vento. Ele não possui nenhuma tripulação a não ser seu capitão, que anda pelo convés como um ani­mal enjaulado. Van Riese é capaz de trazer o Impiedoso para o estado corpóreo se desejar, quando isso acontece, ele fica sólido e indistinguível de uma embarcação normal.
História: Durante quase toda sua vida, Pieter van Riese navegou pelos mares de seu mundo natal. Ele embarcou em sua primeira viagem como clandestino, começou traba­lhando como grumete e chegou a segundo contramestre. Depois de muitos anos, Van Riese tinha economizado dinheiro suficiente para se tornar mestre de seu próprio navio.
Van Riesé sonhava encontrar uma passagem nos mares do norte para as ilhas exóticas e cheias de tesouros do oriente, para tanto ele pesquisa as águas árticas incessante­mente,mantendo-se através da pesca de baleia e do trans­porte de cargas. De tempos em tempos, ele era derrotado pelas águas geladas e as névoas traiçoeiras.
Gradualmente, o sonho de Van Riese foi se tornando uma obsessão. A fama e a fortuna que ele ganharia encontrando
a passagem não significavam nada para ele; aquilo havia se transformado em uma batalha pessoal contra os mares do norte. Van Riese comandava sua tripulação implacavel­mente, acreditando que era sua fraqueza que o impedia de atingir seu objetivo.
Em sua última viagem, Van Riese lutou durante mais de dois meses para circundar as ilhas congeladas do norte. O Impiedoso era selvagemente castigado por ventos uivantes e ondas gigantescas. A tripulação implorou ao seu capitão para que voltassem, mas Van Riese não podia desistir. Ele executou os queixosos e continuou sua luta contra o mar.
No ápice da ventania, o Impiedoso foi finalmente derro­tado. Seu mastro principal se partiu e ele começou a fazer água. A fúria do capitão era enorme. No momento de sua derrota, ele prometeu sua vida e a de sua tripulação a qual­quer ser que pudesse ajudá-lo a forçar a passagem. Sua oferta foi aceita.
A ventania se desfez, o navio se endireitou e Pieter van Rise se viu navegando em um águas cobertas de névoas, que ele achou que fossem aquelas que ele havia procurado durante toda sua vida. Mas, sua tripulação havia desapare­cido e seu amado Impiedoso havia se transformado em uma aparição espectral.
Estado Atual: Van Riese agora navega pelo Mar das Mágoas, mapeando as ilhas que encontra. Ele deseja voltar um dia para seu mundo natal e provar que a passagem que ele tanto procurou é possível de ser transposta. A mera visão do Impiedoso é considerada um mau sinal pelos navegantes dos Mar das Mágoas.
O Capitão van Riese está ficando cada vez mais frustrado. Aparentemente, as ilhas do Mar das Mágoas se movem, e por isso os mapas nunca são precisos. As Brumas o confundem a todo momento. Ele cruza o mar em todas direções confe­rindo seus mapas e fazendo correções.
Van Riese acredita que é sua tripulação que continua falhando com ele e que se tivesse uma nova tripulação ele conseguiria escapar. Ele procura por marinheiros corajosos e hábeis, atraindo-os a bordo do Impiedoso com promessas de portos distantes e grandes riquezas. Aqueles que lhe dão ouvidos desaparecem quando o Impiedoso volta a seu estado fantasmagórico e os que recusam a oferta de Van Riese provocam sua fúria sobrenatural.
Fechando as Fronteiras: Pieter van Riese é capaz de fechar as fronteiras de seu domínio fazendo surgir uma névoa impenetrável, obrigando a parar todos os navios que estão tentando sair. Devido à calmaria, os fugitivos afun­dam vagarosamente nas águas turbulentas e infestadas de tubarões.


Markóvia
A Terra: Embora a maioria dos estudiosos do Núcleo rejeitem essa idéia como bobagem, alguns afirmam que esta ilha, a maior conhecida no Mar das Mágoas, ficava antigamente no centro do Núcleo, onde existe hoje a Grêta Sombria. Descoberta a 88 quilômetros a oeste da costa de Ludendorf por um barco mercante perdido oito anos atrás, um número cada vez maior de cartógrafos chamam essa ilha de Markóvia, apesar de ser pouco provável que ela seja realmente aquele domínio.
Markóvia é uma ilha luxuriante, embora seja aparente­mente desabitada. Dois anos atrás, os lamordianos fizeram uma tentativa de colonizar a ilha, mas os colonos desapa­receram misteriosamente.
O Povo: Com exceção dos homens fera criados por Markov, esse domínio é desabitado. Lorde Markov acredita que os visitantes são presentes dos poderes sombrios mais partes frescas para suas criações abomináveis. Ele tenta capturar qualquer pessoa que entre em seu domínio e transformá-la um homem fera. Como ele não usa aneste­sia, essas operações são sempre suficientemente doloro­sas para levar a vítima à loucura. Ainda assim, os homens fera obedecem os comandos de Markov sem questionar.
As criaturas mais simples da ilha são animais que adquiriram características humanas. Outros são humanos que receberam características bestiais. Esses homens fera formaram uma sociedade primitiva do tipo caça e coleta. Eles idolatram Markov como um deus e ele encoraja essa prática.
A Lei: Frantisek Markov governa o domínio sem oposi­ção. Os habitantes deste domínio obedecem-no pelo medo, o que ele prefere.
Personagens Nativos: Não existem personagens nati­vos para jogadores em Markóvia.
Personalidades Notáveis: Markov, o senhor das feras é o lorde negro desse domínio. Os homens fera o chamam de "Diosamblet", ou "o deus que está entre nós". Os Vis- tani chamam-no de "Senhor da Dor".
Encontros: Em Markóvia, os personagens têm 50% de chance de um encontro, uma vez ao dia e outra á noite. A maioria desses encontros envolvem homens animais. Eles tem ordens de levar todos os intrusos para Markov. Mas eles não se aproximam dos Vistani. Os homens fera só apelam para a violência se os convites pacíficos e as ameaças não funcionarem.

Lorde Negro de Markóvia
Frantisek Markov
Frantisek é uma figura avantajada, com ossos grandes e feições largas, olhos verdes e cabelos pretos e lisos, que ele mantém jogados para trás. Seu sorriso largo e amplo está longe de ser tranquilizador, sendo mais ameaçador e predatório. Ele costuma usar um robe pesado, de gola alta, às vezes adornado com um colar de dentes humanos ou de animais. Ele é grande e desajeitado, tem uma pequena corcunda, braços compridos além do normal e pernas pequenas e visivelmente arqueadas.
História: Os Markovs viviam na Baróvia quando Strahd se tornou um vampiro. Alguns deles morreram no castelo Ravenloft, mas outros conseguiram fugir para Vel- laki. Frantisek cresceu em uma pequena fazenda de porcos perto da vila, cercada pelas encostas cober­tas de florestas da Baróvia.
Frantisek casou-se com uma jovem da vila e abriu um açougue lá. Logo, ele se cansou do trabalho simples de açougueiro. Começou a fazer experimentos com os ani­mais, realizando amputações cirúrgicas, transplantes de tecidos e glândulas. Evidentemente, todos animais mor­riam depois de poucos dias, mas seu hobby não trazia prejuízos, pois ele ainda vendia a carne dos animais.
Quando descobriu o passatempo macabro de Franti­sek, sua esposa bondosa, Ludmilla, ficou revoltada e ameaçou deixá-lo e contar aos aldeões sobre a carne que eles compravam. Furioso com essa traição, Frantisek fez dela sua nova experiência. Ludmilla viveu por mais três dias. Quando o corpo foi encontrado, os aldeões pensa­ram que ele pertencia a um animal. Quando a verdade foi descoberta, Frantisek foi exilado para as Brumas e se tor­nou o lorde negro de Markóvia.
Estado Atual: Markov possui o poder de operar qual­quer criatura e combiná-la com aspectos de outra espé­cie. A maioria de seus experimentos criou homens-animais (veja o Livro dos Monstros).
Markov foi amaldiçoado pela terra a ter o corpo de um animal. Ele quer desesperadamente voltar a ser um ser humano normal. Ele passa longas horas em seu laborató­rio praticando vivisseção animais transformando-os em homens fera, na esperança de descobrir uma forma de consertar seus genes distorcidos. Desde que a Markóvia foi transportada para o Mar das Mágoas durante a Grande Conjunção, os espécimes para suas experiências torna­ram-se escassos. Embora continue a fazer experiências na esperança de encontrar meios para curar sua doença, ele está condenado a sempre falhar.
Fechando as Fronteiras: Quando Markov quer selar Markóvia, o mar se agita, lançando violentas ondas con­tra a costa. Tubarões rodeiam a ilha, em busca dos obje­tos da fúria de Markov. Ainda é possível entrar e sair da Markóvia através das Brumas, mas elas não costumam aparecer nesses momentos.

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